Oh! Destino! Que foges sem chegada…
Sobes tão alto no entardecer,
Peregrina-me a alma sem te ver,
Nesta manhã de noite prolongada!
Comigo vou, mais surda mais calada,
E canto só a história do viver
O melhor oh destino, é esquecer
A sombra que me deixaste traçada!
Quem pensas de mim? Diz-me quem eu sou?
Não choras, não me lês o pensamento,
Nem guias os caminhos onde estou!
Oh destino! Destino, triste invento,
Eco louco que vai onde não vou…
Destino! És só fumaça no vento!