Soneto sobre perda de identidade que retrata a procura, por vezes eterna, de quem somos, o que fazemos e o que queremos fazer neste mundo efémero.
Quem sou?
Olho o meu horizonte, qual destino?
Me canto perguntando quem eu sou!…
Caminho neste trilho, onde vou?
Talvez ao meu recanto de menino!
Alegre, tive um sonho cristalino,
No recanto que o destino traçou,
Segui por outra estrada que mudou,
O sonho que sonhei em pequenino!
Quero voltar à rua da cidade,
Descobrir o meu eu e ser mais eu,
Nos passos que segui na mocidade!
E no recanto onde os sonhos guardei,
Hei de encontrar o trilho da verdade
E saber quem eu sou, que eu não sei!