Quando o teu coração mente,
Passas por mim apressado!…
Não te importa o que o meu sente,
Já não te importa o passado!
Vais de lenço na lapela,
Gravata bem ajustada,
Vaidoso vais ter com ela,
Já não sou a tua amada.
Por entre as frinchas espreito,
Com a alma a suspirar,
É a chorar que me deito,
Ao ver-te feliz passar!
Meu amor, oh! Meu amor,
Que estranho este viver
Não me queres e sinto dor
Estranha dor de te perder!…
Tomara eu não pensar
Seguir o tempo da vida.
Pensar-te não é amar…
É tortura consentida!