Soneto sobre juras vãs feitas por um falso amor que promete este mundo e o outro quando afinal já tem… outra.
Juras que fizeste
Apartava-se o sonho duma vida,
Em promessas, amor de tantos…
Não são os olhos teus esses tiranos,
Por quem amor me fazes esquecida?
Juras que me fizeste à despedida
Deram-me um céu de pedras e enganos,
Em brocados distantes e profanos
Meu Jesus! Outra tinhas escondida!
Diz-me o que faço? O que faço agora?
Voltas da perdição, eu vou embora
Que nada posso dar a um traidor.
E se todos merecem compaixão…
Tens de mim piedade e o perdão
Mas nunca! Nunca mais o meu amor!