Poema sobre uma moça bonita que passa pelo tempo, como todo o mundo, e descobre que a beleza exterior é efémera.
A moça era tão bela
A moça era tão bela!
Toda a gente a admirava,
E quando ela passava,
Todos vinham à janela!
A sua capa de fora,
Deixou de ser o que era,
O brilho da primavera,
Esse brilho foi embora!
Agora quando ela passa,
Já ninguém a vem espreitar,
Mas quem a quis namorar,
Diz que ela não perde a graça!
Um ou outro velho torto,
Agarrados ao cajado…
Dizem-lhe: és como o fado!
És como o vinho do porto!
Para alguns é estranheza,
Os anos que vão passando,
E a moça de vez em quando,
Pensa: o que é a beleza?