Soneto sobre o amor à distância, os sonhos que se constroem e o medo de que a nossa metade se perca em terras longínquas e nos esqueça.
Sabor da paixão
Não vás sozinha oh alma formosa,
Beber à fonte, pode-se escapar,
O sabor da paixão que hei de guardar,
Na prosa mais fiel e valiosa!
Cantá-la! Deixá-la voar airosa,
Dar-lhe a cor de rubi a cintilar,
De alma em alma, dar-lhe um doce altar,
Beijá-la em cada verso, em cada prosa!
Espera por mim, não vás sozinha à fonte,
Não vá escurecer o horizonte…
Não vá ela cansar, e me perder!
Ah! Paixão, que voas hilariante…
Do nosso ninho andas tão distante
E temos tanto amor para viver!