Soneto sobre o destino, questionando a sua imutabilidade e retratando a luta por transformá-lo num outro menos sombrio.
Nuvem do destino
Ah! Destino cruel, atribulado,
Nuvem sombria na minha existência…
Ah! Destino, que sopro sem ciência,
Te fez nascer comigo atormentado!?
Imutável não és, e se é pecado,
Mudar todos os ventos da essência
Que me perdoe o tempo a insolência,
Que não creio no destino traçado!
Eras a nuvem negra que chorava!
Eras a chuva negra que apagava,
Sonhos que abandonei, porque te ouvia!
Deixa-te ir! Volta às ruas do passado!
Inútil é andar contigo ao lado,
Onde os dias são sempre; o mesmo dia!