Soneto sobre o destino

| Publicado por | Categorias: Sonetos, Sonetos filosóficos
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Soneto sobre o destino, questionando a sua imutabilidade e retratando a luta por transformá-lo num outro menos sombrio.

Nuvem do destino

Ah! Destino cruel, atribulado,
Nuvem sombria na minha existência…
Ah! Destino, que sopro sem ciência,
Te fez nascer comigo atormentado!?

Imutável não és, e se é pecado,
Mudar todos os ventos da essência
Que me perdoe o tempo a insolência,
Que não creio no destino traçado!

Eras a nuvem negra que chorava!
Eras a chuva negra que apagava,
Sonhos que abandonei, porque te ouvia!

Deixa-te ir! Volta às ruas do passado!
Inútil é andar contigo ao lado,
Onde os dias são sempre; o mesmo dia!

 

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