Soneto sobre separação que representa o começar de uma vida nova de uma mulher que se apercebe de que afinal não era amada.
Nunca foi amor
Vou pela vida agora mais serena,
Ai quantas coisas não posso levar,
Que o meu tempo, o meu tempo é mudar,
Levar comigo o que vale a pena!
Sentia-me como um toiro na arena,
Fugindo triste, sem poder escapar
Trespassava o ciúme em teu olhar,
A raiva na tua face morena!
Cansei meu amor, cansei da prisão,
Onde sempre que te pedia a mão
Erguias armas vãs do teu poder!
E sem saudade para onde for,
Recordarei que nunca foi amor
O sentimento que dizias ter!